Pertencem à mesma classe dos escorpiões, ácaros, lacrais e centopeias, dentre as quais destacamos a Araneídea, a qual pertencem as aranhas. Calcula-se que haja atualmente 50.000 espécies distribuídas por quase 1.000 gêneros e 47 famílias. Certas espécies são extremamente férteis chegando a produzir de um a dois mil ovos por ano.
Todas as aranhas possuem glândulas produtoras de veneno, porém muito poucas são perigosas para os humanos. As aranhas são carnívoras e alimentam-se apenas de líquidos: elas cospem, exsudam ou injetam sucos digestivos em suas presas e depois sorvem o caldo resultante.
Quadro Clínico:
São três gêneros de importância médica no Brasil, responsáveis por quadros clínicos distintos.
1- Foneutrismo: os acidentes causados pela Phoneutria sp representam a forma de araneísmo mais comumente observada no país. Apresentam dor local intensa, freqüentemente imediata, edema discreto, eritema e sudorese local.
2 - Loxoscelismo: são descritas duas variedades clínicas: Forma Cutânea: é a mais comum, caracterizando-se pelo aparecimento de lesão inflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração. Forma Cutâneo-Visceral: além de lesão cutânea, os pacientes evoluem com anemia, icterícia cutâneo-mucosa, hemoglobinúria. A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida. O tratamento soroterápico está indicado nas duas formas clínicas do acidente por Loxosceles. Dependendo da evolução, outras medidas terapêuticas deverão ser tomadas.
3 - Latrodectismo: quadro clínico caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiada. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial e choque são registradas.
Soros:
O Soro Antiaracnídico é utilizado nos acidentes causados por aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria.
O Soro Antiloxocélico é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Loxosceles.
O Soro Antilatrodetico (importado da Argentina) é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gêneroLatrodectus.
Principais Espécies:
Caranguejeira Ou Tarântula
A tarântula encontra-se amplamente distribuída no Rio Grande do Sul. Parece ter preferência por zonas abertas, quentes e áridas onde escava uma toca que pode chegar a medir 30 cm de profundidade (normalmente é entre os 10 e 20 cm).
Esta toca pode ser escavada em terreno aberto ou junto à base de arbustos e reconhece-se facilmente porque a aranha acumula detritos vegetais à volta da entrada. Quando está na toca, reage muito prontamente a qualquer estímulo mais subtil. Seu período de vida pode chegar a 20 anos.
As tarântulas não constroem teias, capturam as suas presas emboscadas no solo, pelo que desenvolveram bem a visão e o tacto e são muito sensíveis a movimentos em volta do corpo. À tarde e durante a noite, a tarântula abandona a sua toca e vagueia em busca de presas; quando detecta movimento por perto, deixa-se ficar imóvel e espera que a presa passe suficientemente perto para, de surpresa, se lançar sobre ela, abraçá-la com as patas e injectar o veneno. São excelentes caçadoras e alimentam-se de baratas, grilos, coleópteros e outros aracnídeos especialmente aranhas.
Têm um tamanho aproximado de 3 cm, as suas patas largas e poderosas fazem-na parecer maior. Os machos adultos têm as patas mais compridas que as fêmeas e o abdómen é mais reduzido com os padrões negros muito nítidos.
As tarântulas são espécies de Verão, aparecendo os primeiros adultos a partir de fins de Maio, início de Junho. A sua mordedura em condições normais não é letal para o ser humano.
Possui veneno, mas a sua ação é restrita, limitando-se a dores no local da picada, podendo evoluir para necrose. Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.
Aranha-Marrom (Gênero Loxosceles)
Ela é tão tímida e pequena que nem parece possuir veneno. Mas tem e ele é muito forte. De início, sua picada não dói, mas depois de algumas horas começa um ardor no local, seguido de inchaço e vermelhidão. Se não houver tratamento, pode surgir uma úlcera (um buraco) no lugar da picada que leva muito tempo para cicatrizar, exigindo, às vezes, até um enxerto de pele. Os acidentes envolvendo humanos ocorrem quando a aranha-marrom é prensada contra o corpo, por exemplo, quando uma pessoa está se vestindo.
Viúva-Negra (Gênero Latrodectus)
Tamanho: 3 centímetros (fêmeas)
Onde é encontrada: Brasil, restante da América do Sul, América do Norte, África, Europa, Ásia, Oceania.
Não dá para afirmar que ela tem o veneno mais potente, mas uma coisa é certa: é a aranha mais temida. Em primeiro lugar, por ser encontrada quase no mundo todo. Segundo, porque suas dolorosas picadas são relatadas há séculos. A fêmea é responsável pelos acidentes, já que o macho, muito menor, não pica. O veneno causa excesso de transpiração, contração muscular e alterações na pressão. As viúvas-negras do Brasil são mansas e não matam. Já as espécies da costa do mar Mediterrâneo, na Europa, podem dar picadas fatais.
A viúva-negra também é conhecida pelo nome de aranha-do-linho. Os sintomas da picada costumam aparecer entre 40 e 60 minutos após o ataque e se caracterizam por (eliminação excessiva de suor nas glândulas e perda de calor), dor local intensa, dor no abdômen e em casos graves, choques.
Aranha-Armadeira
É um aracnídeo de tamanho grande, alcançando 15cm de envergadura com as pernas. Seu corpo tem pelos curtos, normalmente marrom acinzentados, e o abdome apresenta um desenho de pontas de flecha em fila. São aranhas noturnas e muito ativas, que têm a capacidade de produzir teias, mas não as tecem para caçar; preferindo perambular em busca de alimento, daí seu nome em Inglês “Brazilian wandering spider”. Durante o dia, permanecem escondidas em bromélias, bananeiras, palmeiras e também junto a habitações humanas. Nestas, se escondem atrás de móveis, dentro de sapatos, em entulhos e nos seus pesadelos. Porém, de março a abril, esse esconde-esconde- termina, pois os machos saem em busca de fêmeas. É a época em que a maioria dos acidentes acontece. Existem outras espécies, porém apenas P.nigriventer e P.fera possuem registro de acidentes com humanos. Como P. fera habita a Floresta Amazônica, e P. nigriventer é responsável por mais de 80% dos acidentes relativos a esse gênero, estamos nos focando nessa espécie.
TÉCNICAS PARA CONTROLE DE ARANHAS:
Depois de realizada a etapa de inspeção, e apresentadas sugestões para adequação da área física e de rotinas, inicia-se a etapa de controle químico.
1ª. Etapa:
Identificação da praga alvo para escolha do produto químico a ser empregado. Assim como as pragas tem diferentes hábitos e comportamentos, também os defensivos têm diferentes formas de ação. Escolher o produto adequado é essêncial para obter-se a eliminação da infestação.
2ª. Etapa:
Todos os produtos empregados são licenciados pela ANVISA para uso domissanitário, e permitem o reingresso no local após, no máximo, 04 horas da aplicação.
3ª. Etapa:
Atomização com equipamento Atomizador que alcança 25 metros com velocidade de 300 km/ h, Nebulização com equipamento Elétrico UBV(ultrabaixo volume) para melhor residual e aplicação espacial, Pulverização com equipamento Pulverizador de aço inox de compressão previa, Fechamento físico.